Aos 80 anos, Marcos Valle atravessa ‘Túnel acústico’ com o groove gerado pela luz do sol, soul e samba de verão

Artista lança em 20 de setembro álbum caloroso em que celebra arte de Burt Bacharach entre parcerias inéditas com Céu, Joyce Moreno e Moreno Veloso. Capa do álbum ‘Túnel acústico’, de Marcos Valle Divulgação / Far Out Recordings Resenha de álbum Título: Túnel acústico Artista: Marcos Valle Edição: Far Out Recordings Cotação: ★ ★ ★ 1/2 ♪ A capa ensolarada do 23º álbum de estúdio de Marcos Valle, Túnel acústico, diz muito sobre o som do cantor, compositor, multi-instrumentista – mestre das teclas – e arranjador carioca. Programado pela gravadora inglesa Far Out Recording para ser lançado em 20 de setembro, seis dias após o 81º aniversário do artista, Túnel acústico é disco iluminado pelo soul, pelo sol e sobretudo pelo samba de verão. O clima quente é escancarado na regravação de Life is what it is, parceria de Valle com o percussionista Laudir Oliveira (1940 – 2017). Composta em 1979, ano em que foi gravada pela banda norte-americana Chicago no álbum Chicago 13 com letra adicional de Rober Lamb, Life is what it is reaparece 45 anos depois em Túnel acústico na atmosfera original de disco soul music com vocalizes de Valle (uma outra gravação do tema, inteiramente instrumental, foi alocada ao fim do disco como a última das 13 faixas do álbum Túnel acústico). Life is what it is é a única regravação do repertório essencialmente inédito e inteiramente autoral do disco gravado por Marcos Valle na cidade do Rio de Janeiro (RJ) com os músicos Alex Malheiros (baixo), Ian Moreira (percussão) e Renato Massa (bateria), além das contribuições eventuais do trompetista Jessé Sadoc e de Paulinho Guitarra. Formatado com arranjos e produção musical de Daniel Maunick, Túnel acústico é álbum pautado pelo groove de Marcos Valle, coprodutor e tecladista do disco mixado por Daniel Maunick e masterizado por Caspar Sutton Jones. Túnel acústico é álbum em que o ritmo se impõe sobre melodias e letras (quando há versos), como sinaliza na abertura o samba Todo dia santo (Marcos Valle) e como corroboram temas como Assim não dá (Marcos Valle) e Para de fazer besteira (Marcos Valle), faixas em que Valle parte da cadência do samba para alcançar balanço contemporâneo de sotaque mais universal sem tirar o samba da base rítmica. A ênfase na batida do samba é mostrada pela faixa Palavras tão gentis, segunda parceria com Moreno Veloso, apresentada há quatro anos com a inclusão de Redescobrir no álbum Cinzento (2020). Além de pilotar os habituais teclados, Valle toca violão em Palavras tão gentis. Com edição prevista nos formatos físicos de LP, CD e até cassete, além da edição digital, Túnel acústico é disco que flagra Marcos Valle sem saudosismo, indicando que o tempo do artista octogenário é hoje. “Bora refazer o que se destruiu / Bora recriar o que se prometeu / Bora retomar do ponto em que partiu”, convoca Valle, dando voz aos versos de Joyce Moreno, parceira letrista do motivacional samba Bora meu bem. Serenado no instrumental tema-título Túnel acústico (Marcos Valle), em gravação que evidencia o requinte harmônico do disco, o artista se agita na aceleração de Não sei, segunda parceria com Céu, aberta com Reescreve no recém-lançado álbum Novela (2024). O sopro do trompete de Jessé Sadoc é a bossa da levada. Em tom mais manso, esse sopro acentua o requinte de Thank you, Burt (For Bacharach), tema com vocalizes no qual Marcos Valle reverencia a maestria do compositor e pianista norte-americano Burt Bacharach (1928 – 2023). Na faixa, Valle honra Bacharach, artista projetado mundialmente em 1962, ano em que a bossa nova conquistou os Estados Unidos e consequentemente o mundo, fazendo com que o Samba de verão (1964) de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle iluminasse todo o planeta. Parceria inédita de Marcos com o irmão Paulo Sérgio Valle, letrista dos maiores sucessos planetários do cantor na gloriosa década de 1960, o sambaião Tem que ser feliz tem pisada acelerada e a voz de Patricia Alvi. A voz de Alvi também é ouvida em Feels so good, música inédita encontrada por Valle mais de 40 anos após a criação do tema, composto em 1979 em Los Angeles (EUA), em parceria Leon Ware (1940 – 2017), cantor, compositor e produtor musical norte-americano que fez nome no universo do R&B e do soul dos Estados Unidos. E é assim, iluminado por sol, soul e samba de verão, que Marcos Valle atravessa Túnel acústico com balanço e sem medo de ser feliz aos 81 anos.

Aos 80 anos, Marcos Valle atravessa ‘Túnel acústico’ com o groove gerado pela luz do sol, soul e samba de verão

Artista lança em 20 de setembro álbum caloroso em que celebra arte de Burt Bacharach entre parcerias inéditas com Céu, Joyce Moreno e Moreno Veloso. Capa do álbum ‘Túnel acústico’, de Marcos Valle Divulgação / Far Out Recordings Resenha de álbum Título: Túnel acústico Artista: Marcos Valle Edição: Far Out Recordings Cotação: ★ ★ ★ 1/2 ♪ A capa ensolarada do 23º álbum de estúdio de Marcos Valle, Túnel acústico, diz muito sobre o som do cantor, compositor, multi-instrumentista – mestre das teclas – e arranjador carioca. Programado pela gravadora inglesa Far Out Recording para ser lançado em 20 de setembro, seis dias após o 81º aniversário do artista, Túnel acústico é disco iluminado pelo soul, pelo sol e sobretudo pelo samba de verão. O clima quente é escancarado na regravação de Life is what it is, parceria de Valle com o percussionista Laudir Oliveira (1940 – 2017). Composta em 1979, ano em que foi gravada pela banda norte-americana Chicago no álbum Chicago 13 com letra adicional de Rober Lamb, Life is what it is reaparece 45 anos depois em Túnel acústico na atmosfera original de disco soul music com vocalizes de Valle (uma outra gravação do tema, inteiramente instrumental, foi alocada ao fim do disco como a última das 13 faixas do álbum Túnel acústico). Life is what it is é a única regravação do repertório essencialmente inédito e inteiramente autoral do disco gravado por Marcos Valle na cidade do Rio de Janeiro (RJ) com os músicos Alex Malheiros (baixo), Ian Moreira (percussão) e Renato Massa (bateria), além das contribuições eventuais do trompetista Jessé Sadoc e de Paulinho Guitarra. Formatado com arranjos e produção musical de Daniel Maunick, Túnel acústico é álbum pautado pelo groove de Marcos Valle, coprodutor e tecladista do disco mixado por Daniel Maunick e masterizado por Caspar Sutton Jones. Túnel acústico é álbum em que o ritmo se impõe sobre melodias e letras (quando há versos), como sinaliza na abertura o samba Todo dia santo (Marcos Valle) e como corroboram temas como Assim não dá (Marcos Valle) e Para de fazer besteira (Marcos Valle), faixas em que Valle parte da cadência do samba para alcançar balanço contemporâneo de sotaque mais universal sem tirar o samba da base rítmica. A ênfase na batida do samba é mostrada pela faixa Palavras tão gentis, segunda parceria com Moreno Veloso, apresentada há quatro anos com a inclusão de Redescobrir no álbum Cinzento (2020). Além de pilotar os habituais teclados, Valle toca violão em Palavras tão gentis. Com edição prevista nos formatos físicos de LP, CD e até cassete, além da edição digital, Túnel acústico é disco que flagra Marcos Valle sem saudosismo, indicando que o tempo do artista octogenário é hoje. “Bora refazer o que se destruiu / Bora recriar o que se prometeu / Bora retomar do ponto em que partiu”, convoca Valle, dando voz aos versos de Joyce Moreno, parceira letrista do motivacional samba Bora meu bem. Serenado no instrumental tema-título Túnel acústico (Marcos Valle), em gravação que evidencia o requinte harmônico do disco, o artista se agita na aceleração de Não sei, segunda parceria com Céu, aberta com Reescreve no recém-lançado álbum Novela (2024). O sopro do trompete de Jessé Sadoc é a bossa da levada. Em tom mais manso, esse sopro acentua o requinte de Thank you, Burt (For Bacharach), tema com vocalizes no qual Marcos Valle reverencia a maestria do compositor e pianista norte-americano Burt Bacharach (1928 – 2023). Na faixa, Valle honra Bacharach, artista projetado mundialmente em 1962, ano em que a bossa nova conquistou os Estados Unidos e consequentemente o mundo, fazendo com que o Samba de verão (1964) de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle iluminasse todo o planeta. Parceria inédita de Marcos com o irmão Paulo Sérgio Valle, letrista dos maiores sucessos planetários do cantor na gloriosa década de 1960, o sambaião Tem que ser feliz tem pisada acelerada e a voz de Patricia Alvi. A voz de Alvi também é ouvida em Feels so good, música inédita encontrada por Valle mais de 40 anos após a criação do tema, composto em 1979 em Los Angeles (EUA), em parceria Leon Ware (1940 – 2017), cantor, compositor e produtor musical norte-americano que fez nome no universo do R&B e do soul dos Estados Unidos. E é assim, iluminado por sol, soul e samba de verão, que Marcos Valle atravessa Túnel acústico com balanço e sem medo de ser feliz aos 81 anos.