Carros eletrificados serão 65% das vendas de zero km a partir de 2035, diz Anfavea

Previsão tem como base pesquisa que prevê crescimento gradual da frota de veículos eletrificados, que inclui carros 100% elétricos e todos os sistemas híbridos. Jeep Compass 4xe híbrido carregando Divulgação A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta que dois terços das vendas de veículos novos no Brasil serão de carros eletrificados até 2035. O dado foi apresentado nesta sexta-feira (27), com base em pesquisa feita pela consultoria Boston Consulting Group (BCG) a pedido da associação. O levantamento aconteceu durante o primeiro semestre deste ano e teve como base diretores executivos (CEOs) e líderes de montadoras no Brasil. Também foram consultados 3 mil consumidores e 40 clientes em todas as regiões do país. Entre os eletrificados estão os totalmente elétricos ou com algum sistema híbrido de propulsão. No ano que vem, a categoria representará cerca de 13% das vendas. Antes de explicar o setor, é importante relembrar quais são os sistemas de carros híbridos: Híbrido leve (MHEV): onde a bateria pode ser utilizada para dar suporte ao motor em arrancadas, ou para suprir a carga elétrica do ar-condicionado e outros itens, reduzindo assim o consumo de combustível. Por aqui o carro consome, em média, 13 km/l. Híbrido pleno (HEV): os carros com este sistema utilizam motor elétrico para tracionar as rodas, contam com baterias maiores e o consumo de combustível é ainda menor. Não é raro encontrar veículos híbridos marcando números próximos de 20 km/l. Híbrido plug-in (PHEV): estes veículos utilizam baterias ainda maiores e podem trafegar em modo 100% elétrico. Os modelos trazem autonomia entre 30 e 120 km sem utilizar combustível, mas todos precisam recarregar a energia em eletropostos para alcançar estes números, economizando gasolina ou etanol. No modo híbrido, estes veículos podem alcançar consumo superior aos 40 km/l. LEIA MAIS Carro usado: saiba 6 pontos muito importantes para verificar antes da compra Por que os EUA decidiram avançar com o banimento de importação de carros chineses Leilão de veículos do Detran-SP tem Civic mais barato que iPhone e moto por R$ 700; veja a lista Como está (e como ficará) a divisão Estes dados consideram apenas as vendas de carros zero km, mas a Anfavea prevê que mesmo em 2040 os carros a combustão circulando no Brasil (independentemente do ano de fabricação) ainda serão a maioria: Motor flex (etanol e gasolina): 40%; Motor totalmente elétrico: 9%; Híbrido leve: 8%; Híbrido pleno: 7%; Motor somente a gasolina: 3%; Motor somente a diesel: 3%; Híbrido plug-in: 2%. Anfavea reconhece obstáculos para este crescimento Para atender este crescimento na frota de carros totalmente elétricos e os híbridos plug-in, a infraestrutura de recarga precisa seguir também em expansão. Segundo dados da Bright Consulting, divulgados em abril deste ano, o Brasil dispõe de 4.230 pontos de recarga públicos. Deste total, a grande maioria (1.121) está localizada no estado de São Paulo e isso representa 26,5% de todo leque de opções do país. Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), já são cerca de 78 mil veículos elétricos circulando no país e com este número temos mais de 18 carros para cada ponto de recarga disponível no Brasil. “A gente tem um grande desafio, que é a infraestrutura no Brasil. Hoje cerca de 90% dos proprietários de carros elétricos fazem as recargas em casa”, diz Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea. “Por outro lado, a indústria vem desenvolvendo novas tecnologias de recarga mais rápida e baterias maiores, que podem estimular a segurança dos novos consumidores.” Outro ponto que precisa mudar para acomodar o crescimento do mercado é a fabricação. “Para o volume de novos carros vendidos até 2030 e também 2040, não é possível trabalhar apenas com importação. O Brasil não tem sequer divisas financeiras para segurar a balança comercial, nem mesmo com o agro crescendo como cresce”, diz o executivo. Ainda não existe uma grande fábrica criando carros elétricos no Brasil. Cláudio Sahad, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), acredita que mesmo com a instalação da primeira planta, a produção só deve alcançar seu ápice dois anos após a inauguração. Por outro lado, em ônibus este cenário já é mais favorável. Exemplos são a BYD fabricando em Campinas (SP) e Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP), além de outras marcas como Scania e Eletra. Moraes comenta que esta é uma produção em escala muito menor, quando comparada ao esperado para os carros elétricos e híbridos. Como trocar o filtro de ar?

Carros eletrificados serão 65% das vendas de zero km a partir de 2035, diz Anfavea

Previsão tem como base pesquisa que prevê crescimento gradual da frota de veículos eletrificados, que inclui carros 100% elétricos e todos os sistemas híbridos. Jeep Compass 4xe híbrido carregando Divulgação A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta que dois terços das vendas de veículos novos no Brasil serão de carros eletrificados até 2035. O dado foi apresentado nesta sexta-feira (27), com base em pesquisa feita pela consultoria Boston Consulting Group (BCG) a pedido da associação. O levantamento aconteceu durante o primeiro semestre deste ano e teve como base diretores executivos (CEOs) e líderes de montadoras no Brasil. Também foram consultados 3 mil consumidores e 40 clientes em todas as regiões do país. Entre os eletrificados estão os totalmente elétricos ou com algum sistema híbrido de propulsão. No ano que vem, a categoria representará cerca de 13% das vendas. Antes de explicar o setor, é importante relembrar quais são os sistemas de carros híbridos: Híbrido leve (MHEV): onde a bateria pode ser utilizada para dar suporte ao motor em arrancadas, ou para suprir a carga elétrica do ar-condicionado e outros itens, reduzindo assim o consumo de combustível. Por aqui o carro consome, em média, 13 km/l. Híbrido pleno (HEV): os carros com este sistema utilizam motor elétrico para tracionar as rodas, contam com baterias maiores e o consumo de combustível é ainda menor. Não é raro encontrar veículos híbridos marcando números próximos de 20 km/l. Híbrido plug-in (PHEV): estes veículos utilizam baterias ainda maiores e podem trafegar em modo 100% elétrico. Os modelos trazem autonomia entre 30 e 120 km sem utilizar combustível, mas todos precisam recarregar a energia em eletropostos para alcançar estes números, economizando gasolina ou etanol. No modo híbrido, estes veículos podem alcançar consumo superior aos 40 km/l. LEIA MAIS Carro usado: saiba 6 pontos muito importantes para verificar antes da compra Por que os EUA decidiram avançar com o banimento de importação de carros chineses Leilão de veículos do Detran-SP tem Civic mais barato que iPhone e moto por R$ 700; veja a lista Como está (e como ficará) a divisão Estes dados consideram apenas as vendas de carros zero km, mas a Anfavea prevê que mesmo em 2040 os carros a combustão circulando no Brasil (independentemente do ano de fabricação) ainda serão a maioria: Motor flex (etanol e gasolina): 40%; Motor totalmente elétrico: 9%; Híbrido leve: 8%; Híbrido pleno: 7%; Motor somente a gasolina: 3%; Motor somente a diesel: 3%; Híbrido plug-in: 2%. Anfavea reconhece obstáculos para este crescimento Para atender este crescimento na frota de carros totalmente elétricos e os híbridos plug-in, a infraestrutura de recarga precisa seguir também em expansão. Segundo dados da Bright Consulting, divulgados em abril deste ano, o Brasil dispõe de 4.230 pontos de recarga públicos. Deste total, a grande maioria (1.121) está localizada no estado de São Paulo e isso representa 26,5% de todo leque de opções do país. Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), já são cerca de 78 mil veículos elétricos circulando no país e com este número temos mais de 18 carros para cada ponto de recarga disponível no Brasil. “A gente tem um grande desafio, que é a infraestrutura no Brasil. Hoje cerca de 90% dos proprietários de carros elétricos fazem as recargas em casa”, diz Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea. “Por outro lado, a indústria vem desenvolvendo novas tecnologias de recarga mais rápida e baterias maiores, que podem estimular a segurança dos novos consumidores.” Outro ponto que precisa mudar para acomodar o crescimento do mercado é a fabricação. “Para o volume de novos carros vendidos até 2030 e também 2040, não é possível trabalhar apenas com importação. O Brasil não tem sequer divisas financeiras para segurar a balança comercial, nem mesmo com o agro crescendo como cresce”, diz o executivo. Ainda não existe uma grande fábrica criando carros elétricos no Brasil. Cláudio Sahad, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), acredita que mesmo com a instalação da primeira planta, a produção só deve alcançar seu ápice dois anos após a inauguração. Por outro lado, em ônibus este cenário já é mais favorável. Exemplos são a BYD fabricando em Campinas (SP) e Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP), além de outras marcas como Scania e Eletra. Moraes comenta que esta é uma produção em escala muito menor, quando comparada ao esperado para os carros elétricos e híbridos. Como trocar o filtro de ar?