Voz de Dalva de Oliveira ecoa no Brasil na versão da canção de Edith Piaf com que Celine Dion emocionou o mundo
Redes sociais replicam ‘Hino ao amor’, na gravação feita por Dalva em 1965, seis anos após os registros de 1959 por cantores como Roberto Luna e Maysa. ♪ MEMÓRIA – Existem grandes gravações da versão brasileira de Hymne à l'amour (1950), música com que a cantora Celine Dion emocionou o mundo ao interpretá-la na noite de ontem, 26 de julho, no fecho da cerimônia de abertura das Olímpiadas de Paris, em momento de superação da artista canadense. Hymne à l'amour é um dos maiores sucessos da carreira da cantora francesa Edith Piaf (1915 – 1963), voz imortal nascida em Paris. Piaf compôs Hymne à l'amour em parceria com a compositora francesa Marguerite Monnot (1903 – 1961). A letra versa sobre um amor transcendental que desafia as adversidades da vida e até mesmo a morte, tendo sido escrita em homenagem ao pugilista francês Marcel Cerdan (1916 – 1949), grande amor da vida de Piaf. A música ganhou sentido superlativo porque foi lançada por Piaf um ano após a morte de Cerdan, ocorrida em acidente de avião em 1949. Dez anos depois, em 1959, Hymne à l'amour virou Hino ao amor no Brasil na versão com a letra em português escrita pelo compositor paulista Odair Marzano (20 de julho de 1929 – 26 de dezembro de 2021). A rigor, houve em 1956 uma primeira versão brasileira da canção, escrita por Cauby de Brito e também intitulada Hino ao amor. Essa obscura versão foi gravada pelo cantor paulista Mauricy Moura (1926 – 1977) sem emoção e sem a repercussão que seria alcançada, três anos depois, pela letra de Odair Marzano. Tanto que, com a letra de Marzano, foram feitas várias gravações de Hino ao amor já em 1959, sem falar em um registro instrumental do acordeonista Mário Gennari Filho (1929 – 1989). Dentre as gravações cantadas, há as de Maysa (1936 – 1977), Morgana (1934 – 2000), Roberto Luna (1929 – 2022) e Vilma Ventivegna (1929 – 2015), sendo que a gravação da paulistana Vilma Ventivegna sobressai pelo canto límpido e emoção da intérprete e pelo arranjo orquestral que evocam o registro original de Piaf. Contudo, dessa leva inicial de 1959, também merece menção a popular gravação de Hino ao amor feita por Maysa para o álbum Maysa é Maysa... é Maysa, é Maysa! (1959), embora a produção musical do fonograma abafe a emoção habitual da intérprete com arranjo orquestral equivocado. Além de Vilma Ventivegna, quem realmente elevou a canção de Edith Piaf ao altar dos grandes momentos da música brasileira foi Dalva de Oliveira (5 de maio de 1917 – 30 de agosto de 1972) em gravação feita para o álbum Rancho da Praça Onze (1965). Não por acaso, Hino ao amor atualmente é mais lembrado no Brasil pelo canto brilhante da estrela Dalva. Canto que vem ecoando hoje nas redes sociais, como o instagram da atriz Mika Lins, no rastro da emoção da apresentação triunfante de Celine Dion na Torre Eiffel.
Redes sociais replicam ‘Hino ao amor’, na gravação feita por Dalva em 1965, seis anos após os registros de 1959 por cantores como Roberto Luna e Maysa. ♪ MEMÓRIA – Existem grandes gravações da versão brasileira de Hymne à l'amour (1950), música com que a cantora Celine Dion emocionou o mundo ao interpretá-la na noite de ontem, 26 de julho, no fecho da cerimônia de abertura das Olímpiadas de Paris, em momento de superação da artista canadense. Hymne à l'amour é um dos maiores sucessos da carreira da cantora francesa Edith Piaf (1915 – 1963), voz imortal nascida em Paris. Piaf compôs Hymne à l'amour em parceria com a compositora francesa Marguerite Monnot (1903 – 1961). A letra versa sobre um amor transcendental que desafia as adversidades da vida e até mesmo a morte, tendo sido escrita em homenagem ao pugilista francês Marcel Cerdan (1916 – 1949), grande amor da vida de Piaf. A música ganhou sentido superlativo porque foi lançada por Piaf um ano após a morte de Cerdan, ocorrida em acidente de avião em 1949. Dez anos depois, em 1959, Hymne à l'amour virou Hino ao amor no Brasil na versão com a letra em português escrita pelo compositor paulista Odair Marzano (20 de julho de 1929 – 26 de dezembro de 2021). A rigor, houve em 1956 uma primeira versão brasileira da canção, escrita por Cauby de Brito e também intitulada Hino ao amor. Essa obscura versão foi gravada pelo cantor paulista Mauricy Moura (1926 – 1977) sem emoção e sem a repercussão que seria alcançada, três anos depois, pela letra de Odair Marzano. Tanto que, com a letra de Marzano, foram feitas várias gravações de Hino ao amor já em 1959, sem falar em um registro instrumental do acordeonista Mário Gennari Filho (1929 – 1989). Dentre as gravações cantadas, há as de Maysa (1936 – 1977), Morgana (1934 – 2000), Roberto Luna (1929 – 2022) e Vilma Ventivegna (1929 – 2015), sendo que a gravação da paulistana Vilma Ventivegna sobressai pelo canto límpido e emoção da intérprete e pelo arranjo orquestral que evocam o registro original de Piaf. Contudo, dessa leva inicial de 1959, também merece menção a popular gravação de Hino ao amor feita por Maysa para o álbum Maysa é Maysa... é Maysa, é Maysa! (1959), embora a produção musical do fonograma abafe a emoção habitual da intérprete com arranjo orquestral equivocado. Além de Vilma Ventivegna, quem realmente elevou a canção de Edith Piaf ao altar dos grandes momentos da música brasileira foi Dalva de Oliveira (5 de maio de 1917 – 30 de agosto de 1972) em gravação feita para o álbum Rancho da Praça Onze (1965). Não por acaso, Hino ao amor atualmente é mais lembrado no Brasil pelo canto brilhante da estrela Dalva. Canto que vem ecoando hoje nas redes sociais, como o instagram da atriz Mika Lins, no rastro da emoção da apresentação triunfante de Celine Dion na Torre Eiffel.